Gravidez: exame de Translucência Nucal


16 de julho de 2018

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Gravidez: exame de Translucência Nucal

O primeiro trimestre da gravidez é o período ideal para se determinar o tempo de gestação e para se fazer a avaliação da Translucência Nucal, um exame que oferece pistas para doenças genéticas como Síndrome de Down. Luís Mário Labadessa, médico radiologista do Centro de Diagnóstico por imagem Documenta, responde a algumas perguntas sobre o exame.

O que é a Translucência Nucal?

- Dr. Luís Mário Labadessa: - Por volta da 10ª a 14ª semana da gestação, com o desenvolvimento do sistema venoso, mais especificamente da veia jugular interna e formação do saco linfático, aparece, na nuca do feto, uma área com líquido, localizado entre a pele e o tecido celular subcutâneo que recobre a coluna. Na ultra-sonografia damos a esta área o nome de Translucência Nucal (TN).

Quando se faz sua medição e o que ela revela?

- Dr. Luís Mário Labadessa: - Entre a 11ª e o fim da 13ª semana de gestação é o momento de se fazer a medição da Translucência Nucal . Por meio da ultrassonografia, fazemos a medição do CCN (comprimento cabeça-nádegas) para uma perfeita datação da gestação e medimos a TN (Translucência Nucal). A medida da TN pode estar alterada em alguns fetos. Esse aumento é um sinal importante para prosseguir a pesquisa de defeitos genéticos como Síndrome de Down, Turner, Eduard e outras trissomias. O exame pode ser realizado por meio do ultrassom abdominal, mas,  ocasionalmente, é feito por meio do ultrassom transvaginal. 

A idade da gestante influencia o risco do feto ter um defeito cromossômico? 

- Dr. Luís Mário Labadessa: - Todas as mulheres, independente de sua idade, têm um pequeno risco de dar à luz a uma criança com defeito cromossômico. Esse risco é chamado de risco inicial. Mulheres com mais idade têm risco inicial mais elevado do que as mais novas. Também existe o risco ajustado, que é o risco individual calculado para uma determinada paciente. Dependendo da medida da TN, este risco pode aumentar ou diminuir. Quando o risco é elevado, é aconselhável a realização de outros exames para a comprovação da existência da doença.

Quais os  exames? 

- Dr. Luís Mário Labadessa: - Podem ser utilizados métodos como biopsia de vilosidade corial, cordocentese e amniocentese. Esses exames oferecem um diagnóstico mais definitivo. É por isso que lembramos, sempre, que a medida da Translucência Nucal serve, exclusivamente, para calcular o risco relativo de alteração fetal, mas não é um diagnóstico definitivo.


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